Não quero mais transformar os fatos em poesia:
Quero que a poesia se torne realidade
Não quero mais viajar inventando paisagens
Quero um destino seguro
Para que todo o mundo se torne caminho
Quando os passos me trouxerem de volta
Para a nossa casa
Mas, não seremos um: seremos dois,
Seremos vários e múltiplos
Seremos um pro outro tudo
(sem arestas )
Para isso as janelas estarão abertas
E em nosso jardim guardaremos o mistério
De uma angústia amarela
No que há de triste na sina do girassol.
Sim, de noite até podemos ficar calados
E ver o amor e as fases da lua
Tendo a certeza do sol e dos ciclos
Talvez não chovam estrelas
Nem sejam nove as luas do céu
Talvez só existam nuvens
E mesmo uma chuva pálida
Mas quero o remédio, o veneno e a magia
De tudo
Que o amor pode transformar.
Imagens: Telas de Marc Chagall
Muito bom. As escolha das telas também caiu bem.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário Marcell. É o que faz valer a penae dá sentido para essas tentantivas de se traduzir e se reinventar...
ResponderExcluir