segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Textos da madrugada

Hoje é dia bom de dar uns pitacos sobre o campeonato de Fórmula 1. Meu primeiro pensamento sobre a corrida de hoje é "que porra é essa que a Red Bull está fazendo!". Se não perderem o campeonato não será por falta de tentar. Pra que ter equipe na F1 então? Faz logo time de um piloto só.

Para mim, esse campeonato está entre Mark Webber e Fernando Alonso. Estou torcendo pelo Webber. Não tem ninguém ali que lutou mais para estar onde está do que ele. Lutou até contra a equipe, que claramente tem preferência pelo Vettel (e depois em gente falar que a vitória de domingo foi bom para o esporte e mimimi mimimi. Tudo conversa fiada).

O pensamento da Red Bull deveria ser o seguinte: para sermos campeões dependendo apenas dos nossos resultados, temos que fazer duas dobradinhas nessas duas últimas corridas e o Webber tem que estar na frente em uma delas (porque se o Alonso chegar em terceiro nas duas, não adianta o Vettel vencer as duas que o Alonso é campeão). Se eles não vão inverter as posições agora, terão que inverter na próxima. Porém, não tem garantia NENHUMA de que farão a porra da dobradinha na próxima corrida! Então faz logo nessa, que era garantida!!!

Entrariam na última corrida com muito mais chances: bastaria o Webber ficar na frente do Alonso para ser campeão (supondo que os dois marcarão mais de 1 pontinho, claro). Vão jogar esse título na lata do lixo, Alonso em segundo na próxima corrida, com um sorrizão de orelha a orelha.

Essa história de jogo de equipe para mim deveria ser assim: cada equipe deveria informar, pela regra, qual a sua política sobre jogo de equipe. As políticas poderiam ir de "nunca ter troca de posições e favorecimento" até "definir o primeiro e segundo pilotos no início do campeonato e sempre permitir trocas de posição e favorecimento". Dessa forma, ficaria bem mais claro para todos os envolvidos (pilotos, torcida, patrocinadores... ) o comportamento de cada equipe. Se uma equipe que declara que não faria jogo de equipe começa a fazer, aí sim deveria ser punida. Ou seja: essa história de jogo de equipe deve ser decisão da equipe, política da equipe. Cada uma teria a sua, e quem gostar mais de uma ou de outra, corre, patrocina, torce em/por uma ou outra. Bem mais claro, bem mais justo, bem mais esportivo.

Proposta de divisão de categorias para as políticas das equipes:
A) Nunca fazer troca de posição ou favorecimento de piloto.
B) Fazer troca de posição ou favorecimento de piloto apenas quando um deles não tiver mais chances matemáticas de conquistar o campeonato
C) Fazer troca de posição ou favorecimento de piloto apenas quando um deles não tiver mais chances reais (diferença de pontos maior do que x) de conquistar o título
D) Fazer troca de posição ou favorecimento a partir do momento em que forem definidos e anunciados o primeiro e segundo pilotos da equipe.
E) Fazer troca de posição ou favorecimento desde o início, definindo primeiro e segundo pilotos antes do início do campeonato, em contrato.

Nessas categorias, a Ferrari se enquadraria na D ou na E, a McLaren na C ou na B e a Red Bull na A ou na B, por exemplo.

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