Saiu a versão final do Ubuntu 11.10. Instalei a nova versão e devo dizer que não gostei nada do que vi. Apesar de achar que o a interface Unity, criada pelos desenvolvedores do Ubuntu, tenha melhorado bastante desde a última versão, ainda me incomoda bastante.

Acho importante que se desenvolvam novas interfaces gráficas, experimentando novas formas de interagir com o computador. Muitas inovações interessantes que hoje fazem parte de qualquer computador começaram como projetos muito experimentais e rejeitados pelo grande público. Um exemplo é o mouse, que foi inventado na Xerox e completamente rejeitado, sendo incorporado pelos primeiros computadores da Apple e se tornou depois um padrão de fato dos computadores pessoais.

O problema é quando fazem essas experimentações em uma distribuição que tem como público alvo o usuário final comum. Esses usuários não estão acostumados e não gostam de utilizar tecnologias que não estejam muito maduras e estabelecidas. Quando comecei a utilizar o Unity, gostei de muitas coisas, mas algumas tarefas que são muito fáceis no Gnome 2 não são tão triviais no Unity. O mesmo aconteceu a testar o Gnome 3, também chamado de Gnome-shell.

Como tenho acompanhado em vários blogs e fóruns sobre o assunto, a mudança de interface do Ubuntu não tem sido nem de longe uma unanimidade. Muitos defendem com unhas e dentes e muitos criticam e até mesmo mudam de distribuição por causa disso. Um reflexo claro disso é a diminuição da diferença dos usuários de Ubuntu para a segunda colocada, a Linux Mint no site DistroWatch, que monitora o uso das distribuições Linux. Eu mesmo cheguei a testar o Linux Mint, assim como o Fedora, até resolver voltar para o Ubuntu 11.04 com Gnome2.

É... mas talvez essa minha rejeição à mudança seja também porque estou ficando mais velho...

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